Sr Cídio

Senhor Cídio era um homem que em sua juventude, foi tímido.

Era alto e bonitão,

mas sua beleza, enganação.

Foi, sem dúvida, um vencedor,

porque soube, o que queria;

fez da vida, uma batalha,

mas na morte uma fornalha.

Soube ter filhos, fez a prole,

casou-se, e pouco enamorou-se,

teve sucesso

mas seu fracasso, lhe retirou o que há de verso (di-verso?)

Sua poesia não existia,

e sua morte sempre ele quis

não disfarçou; ninguém soube!,

até que um dia, encurralou-se

foi assim, em sua vida, que teve estrada

teve sonhos, teve desejos, e suas fantasias que só foram mal-amadas

pode ser, que eu esteja errado,

narrando sua trajetória,

mas bem quero afirmar, que isso aqui não é somente uma pura da oratória

não tem interesse em se querer

não menos, em não, não querer.

É com versos, que disfarçamos

o difícil no escrever

a morte foi sua gratidão

mesmo assim, sua paixão

Sr Cidio, que ele é,

só nos deixou o que não é

Talvez por isso, Sr Cídio

cintilou meu coração

mas sua morte, que não é divina

é tão pouco uma desatina

Mas fez nó, porque enrolou

e não adianta brincar com a vida

porque os pecados só nos mostram

o horror

fugir da vida é fuga pobre

que nem cão há de fazer

porque a coragem, é também o nosso temer

Se não temos, por que vivemos?

A vida, é sempre de valentes.

Que não morrem, por acaso,

menos ainda, se dão ao descaso...

arrab xela
Enviado por arrab xela em 30/07/2009
Reeditado em 30/07/2009
Código do texto: T1726850
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