Vivido
O tempo pára ao recordar.
Fluem das profundezas da mente
Como águas profundas amargas
Como querendo voltar,
E ao mesmo tempo deploro relembrar.
A idade pesa como nunca parecia vir.
E agora se faz presente.
Músicas, versos que antes faziam-me reviver,
Hoje, (confuso dentro de mim mesmo)
Faz-me não querer.
Sabor de morte na boca.
Sem igual vencido pelo prazer esquecido,
E ao mesmo tempo não querendo inverter,
Muito curta, sobrevivi.
Desejo não poder sair e não mais existir.
Como não sentir o que vem a mente sem eu permitir?
Dizem que recordar é viver,
Pode até ser.
Minutos levam horas,
Cada flash uma gota de prazer,
Neurônios vão e vem,
Transformando o colorido em preto e branco.
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