Coração Agreste

Toda luta e sofrimento

da infância

no agreste

a fome

rocando

no estomago e todo Nordeste

espingarda e Deus no coração

fez sua alimentação

e dos irmãos

seus olhos

marejam

hoje

lagrimas

deslizam

pelo rosto

enrugado,

sobreviveu

doeu

aquilo fez aos cinco anos

mudou sua história

assim pensa

sou o que sou

pelo que fiz

pelo que não perdi

matando a fome

O que fica no coração?

do nordestino

povo sem instrução

com suas dores

lembrança

de amores,

infância

separação

dos pais

avos queridos

irmãos

espalhados

em quatro cantos

sertão

sem luar

caatinga

seca

miserável

açude

que não posso

entrar

nadar

tampouco

agua

posso tomar

ou o coronel

vai me matar

o governo

enterrar

não morreu

no sudeste

viveu

resta uma saudade

do Avô

na mesa do botequim

minha história

contei

um dia o poeta

transformará

em rima

toda minha sina.

Marcos Hermano -06/02/09

Marcos Hermano
Enviado por Marcos Hermano em 29/08/2009
Código do texto: T1781306
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