Acalanto

 
 
Os versos que fiz para ti,
Perderam-se no tempo.
Ficaram sombras, quimeras
E palavras soltas ao vento.
Saudades, vazios e lamentos!
 
As canções que fiz para ti,
Feneceram. Não se ouve mais.
Rosas despetaladas, sem cores,
Espalhadas pelo jardim. . .
São vestígios do que restou!
 
A lua, fiel companheira
Nas madrugadas insones.
Tão acolhedora. Muda e surda.
Acaricia-me com seus raios
Prateados, silencia minha voz.
 
Acalanto que forma meu canto
Na doce poesia do meu suspirar. . .