Anjo caído
Suaves acordes embalam minha alma
enrosco-me as asas que surgem
- e me prendo no emaranhado
de lembranças não tão sutis-
Fragmentos de sonhos... torpor!
Do silêncio surge meu grito, infantil este.
Pés descalços trilham caminhos turbulentos
o breu que existe não é maior que meu medo!
- E os acordes mudam a cada segundo-
acordam as dores
dos beijos que não foram dados,
de abraços sutilmente negados
do amor que não vingou...
-idas e vindas-
Rompe-se a rede e náufragos são meus ais!
Anjo caído, esperando que uma lágrima
ferozmente rompa as correntes
desta que me prende a naus de dissabores!
Lento e descompassado
é o pulsar
do meu cordão umbilical.