Outono poético

Na tarde que chega em minha janela

Meu coração contempla...

O suspirar das folhas nos arbustos...

As horas vazias, à etérea tarde...

Que por mim atravessa.

Termino as compras

na feira da ilusão

energia íntima do

meu interior

Penso em vida e germino

pequena poção de magia...

Vislumbro cada estação

procuro não me acostumar

e cada uma tem o seu pesar

pois estou aqui de passagem

Flutuo em cores mil

Quero servir a minha realidade

Amedronta-me a truculência

A ausência de benevolência nos sinais

A lacuna de coesão nos atos

Mas reparo na tarde de outono

O poema é de entardecer

O sol ameno, o vento leve!

A vida que se espraia no horizonte

Vejo nos olhos das meninas

A magnitude da buscas

A espera de tantas luzes

Cinjo nesse instante

A lembrança da menina

Que adolesceu e volitou

além do que posso ver...

Obstinação dos céus,

dos jardins de rosas...

sinto nostalgias...

e saudades imensas

Risonho sonho a ser cultivado...

Assim me deixo ficar...

Mesmo que de passagem..

Belo Horizonte, 02 de janeiro de 2010 ás 01h38m

Silvania Mendonça
Enviado por Silvania Mendonça em 02/01/2010
Reeditado em 05/03/2019
Código do texto: T2006747
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.