Dei corda a caneta


"Dei corda" á caneta,


propondo-me escrever poesia,


(Eu, que poeta não sou!)


Mas em cada frase sincopada,


Me entrego e dou!



Nas linhas que escrevo,


Encontro-me no sonho, em mim,


Na lassidão desta Paixão,


Que me invade agora,


Desse Amor, sem hora,


nesta distancia, sem fim!


Um amor tão longinquo,


Mas cujo efeito eu sinto,


em cada estrofe, em cada rima,


é a força motriz que me anima,


me impelindo, insistente,


Para lutar, para poetar,


ir em frente!



É nesse trajecto ferroviário,


que desembolso, o bloco e a caneta,


e pego no meu diário,


anotando, rabiscando anulando,


unindo letra após letra,


como que pontos somando,


até atingir a meta!



Não busco criar a Rima,


mas ela por vezes nasce,


Sem desejar, ou exigir,


sem esforçar ou reflectir,


A poesia faz-se!!!

Aguarela Matizada
Enviado por Aguarela Matizada em 06/08/2006
Reeditado em 13/06/2010
Código do texto: T210186
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