Dois
O mesmo brilho nos olhos
O mesmo sorriso alegre
O mesmo gosto pela vida
Bem e sempre vivida
Fogo temperado do olhar manso dos profetas
Até da tristeza, fazem festas
O mesmo palavreado em lábios sinceros
Sonhos coloridos com sabor e odor
Nunca se vislumbrou sonhos enganosos
Sempre a certeza de honestidade
Perder jamais a hombridade
O pensamento fazia o ar denso
Tal conceito intenso
Um silêncio barulhento era a hora de fazer o amanhã.
Olhos atentos, não para ameaças, mas, para o progresso
Mesmo que no insucesso
Olhos da alma silentes e vigilantes
O tempo urge, não precede instantes
Na luz da lua, o mensageiro do universo
Em lágrimas de chuva, trazendo recado, no choro dos céus
A tentativa de descerrar esses véus.
Nunca em castelo de vaidades perdidas
Apenas tentativas de etapas vencidas
Vencer as ondas do mar da ignorância,
Ser firme e forte, suplantar a intolerância
Em pensamentos de avanço do obscuro
Sentia saudades do futuro
Hoje em cada estrela vislumbro sua figura
Sei lá se fantasia ou alucinatura
Vejo um semelhante ao outro
Muito parecidos, se assemelham por demais
Um era meu avô o outro meu pai.