A tênue linha do tempo...

Seguindo a tênue linha do tempo

Debruço-me sobre o meu lampejo

E vejo-me criança correndo em busca do mar

As recordações são âncoras encravadas na mente

São passados presentes, são histórias a contar

Crescendo e cobiçando a vida... sou agora jovem

Sonhador de muitos sonhos, e se tudo eclode...

Acho que não vou me acostumar.

E assim segue a linha do tempo, da centelha e de tantas rugas

E ao lembrar a minha rua... a cidade vive mesmo sem demonstrar

Agora já sou velho, no olhar sem mais reflexo

Vejo o terno: amassado, sem cor, sem enfeitar

E assim segue a linha do tempo...

Quando se expira, sobra lamento

De um tempo que deixou a desejar.

Nelson Rodrigues de Barros
Enviado por Nelson Rodrigues de Barros em 30/03/2010
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