Lembrar, verbo sem tempo...

    À mesa, jarra,bule,café...
    Um lugarzinho ao sol
    jabuticabas madurinhas
    E o vento das velhas mangueiras.

    O muro, o musgo... Sol ruivo,
    E o dia sonolento.
    Um raio de luz sobre a porcelana,
    Na doçura de um poema!

    Sob o olhar das largatixas,
    O veludo do musgo
    E a brancura do dia.

    Entre jasmins e mariposas,
    O gato de olhar esmeraldino
    E o enigma da vida.

    No eco das lembranças,
    Pássaros, flores sobre a mesa,
    Chá, bolo de fubá e tranças...

   À tardinha, a roda formada
   Os causos,prosa animada,
   Futricas familiares,mas todos presentes!
   E a lua, não apenas  figura poética
   Mas, Cheia, redonda e contente!