O T R E M

Serpenteando pela encosta afora

Expelindo fuligem a granel

Lançando nuvens de fumaça ao céu

Chega o trem, quase na hora

Na estação o burburinho costumeiro

Crianças correndo, pais aflitos

Vendedores anunciando aos gritos

Corre corre para chegar ao bagageiro

Desce e sobe todo tipo de gente

Senhores apressados, senhoras elegantes

Crianças de colo, muitos estudantes

Casais de idosos e outro adolescente

O guarda apita a partida

Passagem comprada só de ida

Emprresários à vista do progresso

Creem que trem é retrocesso

É vendida a estrada de ferro

É acabado o sonho de trem viajar

Sentir no rosto o vento soprar

Lembranças, pra que te quero

Adeus Estação da Luz

Hoje já não mais me seduz

Resta apenas na memória

Um pedaço de minha história