Sinos & Sonhos 
Tere Penhabe

Ouço ao longe, o badalar contínuo
na torre da igreja velha, repicavam os sinos
às cinco da tarde... como é bom lembrar!

A nossa emoção, daqueles momentos
era tão intensa, onde foi parar?
Lembranças perdidas, no ocaso da vida...

Pés descalços e ágeis, engolindo escadas
coração aos pulos, querendo parar
e o sino batendo, batendo tão alto!...

Se a vida pudesse, me levar de volta
nas tardes fagueiras, daquele lugar
talvez eu parasse, ao descer as escadas...

Pedisse ao reverendo, pra me abençoar
quem sabe meus sonhos, não tivessem morrido
e hoje não pudessem, tanto me magoar...


Santos, 04.05.2006_15:00 hs
www.amoremversoeprosa.com

(Dedico esse texto à minha mãe,
que me batia toda vez que descobria 
que eu tinha subido na torre da igreja)