Aquela noite, nossos olhares
Carregarei comigo a lembrança do último adeus
E naquela despedida eu não chorei
Naquela data as lágrimas seriam suas
Você teria que chorar o amor que sempre zelei
Você teria que lavar o seu peito de sua crueldade
Eu lembraria somente como sempre lembrei
Aquela noite que pareceu eterna
Aquela angústia que parecia terna
Aquele olhar pedinte, aquele olhar negante
Os dois olhares simplesmente suplicantes
Um olhar arrependido, outro em fúria
Um olhar de ódio outro de lamúria
Um olhar amargurado, semicerrado
Outro olhar insistente, arregalhado
Dois olhares que tantas vezes se cruzaram
Dois olhares tantas vezes unilaterais
Dois olhares que se amaram
De repente percebem: É tarde demais!
Magna Fernandes 23/12/2009 as 16:45hs