Companhia Amiga

Quando estou só, sozinho comigo,

Meu próprio inimigo, sou eu.

Um judeu que prometeu amar a Deus

Um plebeu que se afastou do abrigo.

Quando estou inquieto, um tanto confuso,

Vem a mim o meu anjo luso

Minha rosa amarela

Minhas lindas costelas.

Eu e ela, uma força vibrante...

Ela, uma amiga amante.

Eu um amigo de apoio

Um riacho, um arroio.

Queria tanto ser mais alguma coisa

Queria tanto amar tudo que posso

Mas sou uma âncora que se afunda nos mares

Que aos pares está só, que só, está aos pares.

Num quadro, numa lousa,

Ela escreveu o seu nome

Dentro de mim esse quadro é nosso

Pois seu gostar alimenta minha fome

Quando no meu peito bate as procelas

Da hora da verdade.

Mas sua força força-me à frente

Mesmo que sinta o que agora sente

Mesmo que tenhamos saudade.

Ubirajara Sá
Enviado por Ubirajara Sá em 17/07/2010
Código do texto: T2383368
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