Sonho

Há um passo adiante,

Parco, solitário,

Hilariante.

Vive da clemência,

Ao contrário da vida

Não se chama morte,

Nem sorte,

É um dote,

Que nasce com os homens,

Tão somente imunes

Às desditas da infelicidade.

Contamina toda idade,

Que se chama Sonho.

Não tem mãos, não tem pés.

Habita em todo amor

Sem revés,

Ignorando choros sofridos,

Absorvendo a lágrima,

Que lhe foge do sorriso,

De um viver indiviso

Em ato conciso,

E ao deslumbrar o homem,

Em seu cerne divino,

Entrega-lhe a taça do encanto.

Embebeda-se, portanto,

Dentro deste sonho.

Nadilce Beatriz
Enviado por Nadilce Beatriz em 18/07/2010
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