“Sonhos”
Todas as portas se fecharam
Não há janelas
Afogo-me, porém, não há água
Escrevo ao léu
Pensamentos vazios me atormentam
A vida suspira
Peço perdão, por ser inocente
Pequei por me considerar tão imaculado
Nuvens brancas
Formas abstratas, pássaros atônitos
Branco e preto se confundem
Arco-íris não há
Sonhos e pesadelos não vejo diferença
Aqui não sei de mim, quando acordar saberei
Chove não chuva, mas, lembranças
Quando acordar, lembrarei que um dia estive aqui
Lençóis brancos molhados estão
Incauto permaneço – prudência não é o meu baluarte
Olho além não vejo almas
A solidão deprime e maltrata – edifica
Acordo dormente
Corpo pesado – que horas são?