“Sonhos”

Todas as portas se fecharam

Não há janelas

Afogo-me, porém, não há água

Escrevo ao léu

Pensamentos vazios me atormentam

A vida suspira

Peço perdão, por ser inocente

Pequei por me considerar tão imaculado

Nuvens brancas

Formas abstratas, pássaros atônitos

Branco e preto se confundem

Arco-íris não há

Sonhos e pesadelos não vejo diferença

Aqui não sei de mim, quando acordar saberei

Chove não chuva, mas, lembranças

Quando acordar, lembrarei que um dia estive aqui

Lençóis brancos molhados estão

Incauto permaneço – prudência não é o meu baluarte

Olho além não vejo almas

A solidão deprime e maltrata – edifica

Acordo dormente

Corpo pesado – que horas são?

Natalino Oliveira
Enviado por Natalino Oliveira em 13/06/2005
Código do texto: T24237