ENCANTOS DA NATUREZA

ENCANTOS DA NATUREZA

No alto da frondosa sucupira;

Cantava o arisco pássaro, cauã,

Dando adeus ao fim do dia;

Ou bem vindo, quando manhã,

Voava para dormir no seu ninho,

Voltava trazendo o sol cedinho,

Com ele também vinha jaçanã.

O pato selvagem na várzea,

No arrozal a água ia bicando,

Bicava os pequenos crustáceos,

E com leveza os ia degustando,

Casaca de Couro se alvoroçava,

Por perto seu ninho estava,

Raivosos ficavam saltitando.

Nhambu piava quando voando,

Do baixio, para o alto da colina,

A perdiz disparava a correr,

Exibindo suas pernas muito fina,

Avoante na vassourinha pousava,

De longe o arrulho se escutava,

O ratão na grama faz a carpina.

Eu andava com muito cuidado,

Parava de quando, para espreitar,

Contemplava-os com admiração,

Por horas eu ficava sem falar,

Aprendi com eles que a natureza,

É repleta de aconchego e beleza,

Apavora-me ver isto se acabar.

Rio, 13/09/2010

Feitosa dos Santos