memórias de D. Jorgina

contava os carros que via na rua

que pouco passavam dos dedos da mão

mas hoje a imagem mais nova e mais crua –

não há uma árvore vindo do chão

e a passarada com a barulheira?

os trilhos do bonde ainda estavam ali

e as festas de rua a noite inteira?

no dia seguinte ia ler um gibi

um pé de abacate, o jardim é exíguo

um copo com água atrás do portão

um pano de renda decora o postigo

de onde ela vigia – ele vem ou vem não?

São Jorge Guerreiro, e o grande amigo,

no quadro da sala derrota o dragão...

Aluizio Rezende
Enviado por Aluizio Rezende em 12/11/2010
Código do texto: T2612369
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