A MINHA CASA DE INFÂNCIA...

Meu cantinho tão simples de criança,

Uma casa simples na fazenda do Nestor,

Meus momentos infindáveis de esperança,

Como eu estava tão feliz perto do AMOR,

Uma paineira espinhuda em nossa porta,

No quintal uma horta pequenina tão singela,

Hoje minha memória se faz morta,

E o sol se abria poderoso em minha janela,

Pardal fazia seu ninho na cumieira da minha casa,

Os anos passam marcados por cada estação,

Os filhotes se empenam, batem as asas,

Ficou tanta saudade em meu coração,

Não usava chinelo, nem camisa, o sol não queimava tanto

Brincadeiras na lagoa, jogo de bola, pescaria de lambari no riozinho,

Meu amigos de infância sumiram todos, hoje ao lembrar cai meu pranto,

Mas que saudade de minha infância, relembro com muito carinho,

O fogão a lenha aceso o dia inteiro, o café no bule sempre fresquinho,

Minha cama tão simples, radio semp a valvula, tv nem sinal tinha,

Verduras da horta, peixe frito, arroz com gordura de porco bem soltinho,

Tênis kichute, servia pra tudo, fazia de tudo, era tudo que eu tinha,

A casa velha sem forro, piso vermelhão, cercada de velho arame farpado,

Na porta a tramela, não tinha chave, fincada no meu querido sertão,

Pé de manga borbon, nos pés no cafezal pimenta comari, no pomar frutas pra todo lado,

a casa de minha infância, lembranças eternas no coração.

Saudades, saudades, saudades....eternas saudades...

GUARNIERY
Enviado por GUARNIERY em 31/12/2010
Código do texto: T2702196