Se eu pudesse.
Eu vim do mato,
arava, plantava, cuidava,
em pés descalços,
era parte integrante do chão.
Eu era senhor de tudo,
ouvia o canto das aves,
cantarolava segredos ao vento,
não tinha medo, não.
Eu era importante,
das minhas mãos brotavam vidas,
que alimentavam vidas,
vidas de outros irmãos.
Nesta saudade danada,
resta-me a ilusão,
da água limpa no rosto,
do trigo em forma de pão...