Fogo e vento!

De fogo e de vento são feitos meus queixumes.

Na minha amargurada vida sobram costumes.

A neve que envolve minha catacumba, é aquela de Edevic.

Sou singela, e menina para sempre!

A minha utopia vende panos, vende fósforos, vende vida.

As ruas belas de Salzburg me chegam todo dia, eu sorrio, eu choro.

A saudade em mim, é baluarte.

A salada que não sorvo, me foi negada.

Ainda não fui alforriada, vislumbro a madrugada sem lobos.

Os cães da noite condominial também são presos, mesmo que passeiem.

E o sereno que cai adormecendo as fases da lua, ficam desalentados.

Tortura-me a alma, a falta de fogo aceso com a chama que apela,

Apela para a tradição mais oral: Histórias.

Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 23/02/2011
Código do texto: T2809662
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.