NO BANCO DA PRAÇA

ESTE POEMA RETRATA IM POUCO DO QUE AINDA É EM ALGUNS LUGAREJOS DESTE BRASIL AFORA, UMA FORMA DE VIDA QUE HOJE SENTIMOS SAUDADE.

No entardecer bem no final do dia,

Olhando atentamente o decorrer da vida,

Em cada coração se repetia,

A dor insana de uma despedida.

As coisas sempre feitas de improviso,

Quando a tarde caia no poente,

Fazia-me sentir num paraiso,

Sem entender sorria alégremente.

Onde cada qual o seu cansaço recolhia,

Nos bancos lá da praça a conversar,

Contavam cada qual sobre o seu dia,

As vantagens! e os fracassos a chorar.

Nasce o sól e ao aquecer toda arena,

Parece pedir a todos pra que vivam,

Na esperança de que a vida os ensine,

Num estalar de dedos a felicidade plena.

E ao entardecer de mais um dia,

Sem termos aprendido quase nada,

Sentavamos todos no banco lá da praça,

E a mesma ladainha se repetia.

J R
Enviado por J R em 21/03/2011
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