NO BANCO DA PRAÇA
ESTE POEMA RETRATA IM POUCO DO QUE AINDA É EM ALGUNS LUGAREJOS DESTE BRASIL AFORA, UMA FORMA DE VIDA QUE HOJE SENTIMOS SAUDADE.
No entardecer bem no final do dia,
Olhando atentamente o decorrer da vida,
Em cada coração se repetia,
A dor insana de uma despedida.
As coisas sempre feitas de improviso,
Quando a tarde caia no poente,
Fazia-me sentir num paraiso,
Sem entender sorria alégremente.
Onde cada qual o seu cansaço recolhia,
Nos bancos lá da praça a conversar,
Contavam cada qual sobre o seu dia,
As vantagens! e os fracassos a chorar.
Nasce o sól e ao aquecer toda arena,
Parece pedir a todos pra que vivam,
Na esperança de que a vida os ensine,
Num estalar de dedos a felicidade plena.
E ao entardecer de mais um dia,
Sem termos aprendido quase nada,
Sentavamos todos no banco lá da praça,
E a mesma ladainha se repetia.