AQUELA MOÇA...

Lembro-me dos seus belos momentos...

daqueles velhos tempos

de sua mocidade...

Ela exibia os seios e corpo lindos!...

Ousada e bonita brincava com a vida

sem importância ao tempo dar...

eis que lhe chega triste

e sem pensamento

a cobrança

que faz o

tempo...

Hoje, observando sua face emuchercida,

sinais do envelhecimento...

seios flácidos e despencados...

ponho-me a imaginar

quanta vaidade...

perdida...

sim...

E ela,

na agonia de perseguir a mocidade...

insiste na vaidade para enganar o tempo...

entretanto amarga-se na saudade...

morre no esquecimento...

Quanta inspiração!..

fazia ela a terra tremer...

Meu Deus!...

parece mentira que estou a ver...

as mais belas flores murcham...

desmaiam...

morrem...

Emurchecida e acabada a moça...

afoga-se na despedida...

que lhe traz revoltas...

é suicídio!...

vaidade...

Como doi

ver a identidade

desmaiada,

triste

e vil...

Em seu nefasto amanhecer...

feia e desfeita

completamente...

o sol não mais nasce

para brilhar consigo...

hoje no esquecimento...

morre no lixo...

ontem luxo...

brilho...

hoje

só...

Agora,

observando esta máscara triste e profunda...

vejo que tudo passa tão repentinamente...

as ROSAS despetalam-se

para outras ROSAS

iludirem-se

em ser

nada

e

nada,

só!

evangelista da silva
Enviado por evangelista da silva em 23/03/2011
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