AQUELA MOÇA...
Lembro-me dos seus belos momentos...
daqueles velhos tempos
de sua mocidade...
Ela exibia os seios e corpo lindos!...
Ousada e bonita brincava com a vida
sem importância ao tempo dar...
eis que lhe chega triste
e sem pensamento
a cobrança
que faz o
tempo...
Hoje, observando sua face emuchercida,
sinais do envelhecimento...
seios flácidos e despencados...
ponho-me a imaginar
quanta vaidade...
perdida...
sim...
E ela,
na agonia de perseguir a mocidade...
insiste na vaidade para enganar o tempo...
entretanto amarga-se na saudade...
morre no esquecimento...
Quanta inspiração!..
fazia ela a terra tremer...
Meu Deus!...
parece mentira que estou a ver...
as mais belas flores murcham...
desmaiam...
morrem...
Emurchecida e acabada a moça...
afoga-se na despedida...
que lhe traz revoltas...
é suicídio!...
vaidade...
Como doi
ver a identidade
desmaiada,
triste
e vil...
Em seu nefasto amanhecer...
feia e desfeita
completamente...
o sol não mais nasce
para brilhar consigo...
hoje no esquecimento...
morre no lixo...
ontem luxo...
brilho...
hoje
só...
Agora,
observando esta máscara triste e profunda...
vejo que tudo passa tão repentinamente...
as ROSAS despetalam-se
para outras ROSAS
iludirem-se
em ser
nada
e
nada,
só!