Asa Negra
( Memória de Luiz Gonzaga,Asa Branca )
Asa Negra bateu asas
Foi embora do Sertão
A falta de água impiedosa
Castigou a plantação
Pra chamar a chuva toco
Na minha viola uma oração
Pedindo ao Deus dos desesperados
Mandar a chuva cair no Sertão
Os abutres fazem ronda
Pra saciar a sua fome
Com o gado morto
Que a terra sêca consome
Minhas lágrimas também secaram
O sol queimou, o coração chora
E pelo pó da estrada a fora
Com meu alazão,vou embora
Quando terminar a sêca
Voltarei pro meu Sertão
Prá ver tudinho ficá verde
E buscar de volta meu violão...