Oferenda aos Deuses

Sangue, muito sangue estava nas taças
Qual em um sonho doce de verão
Onde uma Deusa, reverenciada Senhora
Era servida em seu majestoso Templo


O sacrifício foi trazido à Sua presença
Pelas mãos do sacerdote
Que embaixo do cabelo ruivo do belo moço
Cravou um punhal de prata


Vertendo assim o precioso líquido
No altar da Senhora
E Ela
Em êxtase


Foi sorvendo cada gora
Que escorria pelo corpo sofredor


E o seu Sacrifício
Quando não mais pode suportar
Tombou aos seus pés.
E seu rosto,
Uma pura expressão de terror e sofrimento,
De medo inenarrável
Pela Terrível Senhora.


Ao cair da tarde
Seu corpo lindo e branco
Como a mais nobre peça de mármore
Descia ao túmulo


Era o último Sacrifício.
E por mais um ano
A Senhora assim descansará
Sob as areias escaldantes do deserto.