A MESMA SINAGOGA

A rubra luz perene

Que nunca se apaga

Na fímbria solene

Uma cortina afaga.

O taciturno manto

Estático e celeste

Austero e santo

A sacra arca veste.

Fulgente candelabro

Templária recordação

As mãos bentas de fabro

Obraram a inspiração.

O masaico das vidraças

Latente uma inscrição

Que todas as desgraças

Somem com a recitação.

A construção austera

E também tão modesta

Recordação de uma era

Da glória manifesta.

Os três rolos na arca

Das leis dadas por D´us,

A Vida é matriarca

Conserva os filhos seus.

Segundo os tais costumes

Dois ínclitos pavimentos

Distinção de dois volumes,

Secessão de pensamentos.

Sexta feira a abertura

Das rezas sabáticas

Na manhã de alvura

As santas práticas.

Quando tudo se acaba,

Fecham-se as portas,

A escuridão desaba

Sobre lembranças mortas.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 08/08/2011
Código do texto: T3146954
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