Cavalo de Pau

Improvisei um cavalo de madeira...

Tomava do cabo de uma vassoura e corria solene

Com outros moleques que brincavam de bangue-bangue...

Desfilava de mocinho entre os buracos da rua

Apertando na mão uma arma de madeira crua

Que simbolicamente atingia meus inimigos provocando sangue...

Corria que corria e vencia meus cruéis perseguidores

Naquelas tardes fagueiras em que o sol espalhava calor,

Um a um despencava de seus cavalos sem rancor,

Pois, de verdade, esses supostos desafetos eram-me fiéis admiradores.

Nos portões das casas ou sentadas nos muros,

As meninas gritavam felizes pela vitória do artista,

Que depois de tanto correr estava pronto para a conquista

Do coração feminino que aflito guardava secreto desejo

De ser a mocinha escolhida para um frenético beijo!

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Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 05/09/2011
Código do texto: T3202540
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