PROFISSÕES EM EXTINÇÃO II
PROFISSÕES EM EXTINÇÃO II
Que saudades dos lanterninhas
Que com sua luzinha
Impedia o beijo roubado
Da namorada sentada ao lado
Que saudades do Seo Manoel
Do armazém da esquina
Que vendia tudo em tina
E que fazia a conta em papel
Que saudades do realejo
Que vendia ilusões
Com seu periquito ensinado
A mexer com corações
Que saudades dos sapateiros
Que consertavam os furos da sola
Do meu Vulcabrás da escola
E me faziam lampeiro
Que saudades do lambe-lambe
Que tirava retratos
Muito, muito baratos
E que na praça com sua imagem
Ficavam fazendo parte da paisagem
Aguardem sem ansiedade
Que logo surgirão
Frutos da modernidade
Muito mais versos
Sobre atividades em extinção