O poeta.

O poeta cabisbaixo e tristonho,

Tem seus passos pesados,

Sua vida bifurcada,

Seu corpo curvado num misto de melancolia e medo...

Sua mente pede “uma falsa felicidade”,

O corpo treme um pouco...Abstinência!

Acende um cigarro e pensa na vida, ou na falta dela,

Mas é sempre assim,

O poeta é um contínuo de algo que nunca aconteceu,

Sente falta de tudo e de si próprio,

Jamais encontra esconderijo,

Pois seu corpo é transparente, e ao mesmo tempo tem a cor viva de quem tem paixão nas veias,

Carrega o peso das coisas que já fez, e de tudo o que não conseguiu fazer,

Lembra dos amores e desamores,

E o cigarro esta na metade,

Toma um trago, ensaia uns versos num guardanapo,

Ela esta atrasada de novo,

Ele cansa e vai embora,

Nunca mais volta...

Anos depois um encontro não programado na rua,

Eles se abraçam e choram um pouco...

E ela tira da bolsa o guardanapo e diz...

Eu fui...

Leo Magno Mauricio
Enviado por Leo Magno Mauricio em 22/01/2007
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