Saudades

Na mente, feridas já crentes curadas.

Um singelo “olá” perfura as lembranças.

Dedos macios tocam as memórias

feridas que ardem em meu peito...

Sem cauterizar as dores insistem em inflamar

pintando tuas unhas em tons de vermelhos

No escarlate do meu sangue

Escorrido por entre seus dedos

Na sua ingenuidade maléfica

De apaziguar desejos ardentes

De seu coração amoroso...

Você me atiça como um veneno suave de serpentes

Deliciosamente saboroso!

Borrifado num sotaque levemente cantarolado.

Me delicio em adoecer nas saudades

Que me restara de você

Saber que você não me esqueceu

Me torna um escravo agrilhoado em desejos

De sentir o calor do seu corpo aquecer

O meu velho coração saudoso

Saber que você ainda lembra do que passou

Torna essas minhas palavras suas

Nas saudades dos momentos que o tempo nos tomou