Cântico de uma saudade

Éramos a quietude e a chama.

A paz da infância

e uma certa dose de inocência

diante do poço e do abismo

que levávamos na alma

com o nosso egoísmo.

Uma ânsia estranha

de fabricar atritos e ternura

de esquecer a própria vontade

e ser feliz dentro da loucura.

Um dia que julgamos nunca existir

deixou-nos partir

cada qual para o seu lado.

Esvaziamos os anos

e você se foi, subjugado.

Pelo quê? Nunca saberei.

E eu, na infância de minha alma

assustada pela dor - te amei.

(Direitos autorais reservados)

Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 31/01/2007
Reeditado em 03/06/2011
Código do texto: T365276
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.