A NOITE É UMA CRIANÇA
A NOITE É UMA CRIANÇA
AUTOR: Paulo Roberto Giesteira
A noite é uma criança nos berços de uma madrugada saudosa,
Descansada pelas escuridões, onde as almas vagam,
No aroma de uma lógica do amor a elasticidade de uma prosa,
O que devemos esperar do amor pelos períodos que passam,
Por que devemos duvidar do amor se ele é presa no alvo de uma caça,
Se o amor é tudo para quem não vive com o seu favor.
A noite é de pula pula que nem uma criança,
Talvez dorme a fio de uma afiada lança,
Chora as maguás de quem sente dor,
Dos perfumes exalados por uma perfumada flor,
Das belas meninas aquelas das lindas tranças,
Que aproveitam daquilo que esperam de bom como o amor.
A noite brinca brincalhona com o seu pudor,
Das boemias que só terminam quando o dia clareia,
Da nudez das praias embriagadas por suas areias,
Destinos sejam eles por onde for,
Das melodias de que as pessoas dançam,
Das energias que esbaldam vontades por todas as veias.
A noite é uma criança inebriadas à todas as festanças,
Que cantam os pássaros a uma nova aventurança,
Daquelas que alguém nunca se cansa,
Por ser esta noite uma noite longa,
Comprida a qualquer confiança,
Noites de quem faz muitas ou poucas lambanças.
Só por esta noite por ser uma criança.
Noite que é como criança, uma criança.