VULTO NA NOITE

Não não sou nada

Não sou ninguém

Apenas um vulto de mulher que vagueia na noite escura

Sozinha...

A procura de um sonho que se foi

A procura de grãos de areia que escorrem por entre meus dedos

Rompi sonhos...Verdades de uma vida que deixo de viver

Por minhas próprias mãos...

Estou perdendo meu mundo...Meu chão

E não sei como resgatá-lo

Estou sem forças...

Sou feita de sangue de um vermelho vivo

Sinto correr nas minhas veias

Sangue que acelera tudo em mim

Corre infinitamente sem parar...para me fazer viva

A noite é escura...Solitária

Nem mesmo todo o calor desse vermelho vivo me aquece

E o vulto dessa mulher que se sentia tão amada...Apaixonada

Segue...

Se faz triste...Sem você.

Elcia Garcia