Como ousas?

Sim! Como ousas?

Aparecer após tanto tempo

Nesta terra aonde me levou o vento.

Sim! Pois tantos dias tão perto,

Quase no mesmo teto.

Não pude ter um só olhar atento.

Ah! Porque ainda assim

abalas meu chão,

revira meu estômago de cetim,

faz saltar meu coração,

faz o sangue correr de mim?!

E mesmo ali estando,

não acenaste, quem sabe,

talvez por espanto

ou por não reconhecer esta pobre!

Agora, estou numa cama alta

tentando pegar num desperado sono.

Minha calma não se acalma

por se lembrar de novo daquele abandono.

Afinal, minha última lembrança

era de tu te despedindo

naquela larga avenida

e eu ‘inda com esperança.

Mas agora o que me resta?

Lembrar de tua precoce partida

por meio daquela presta

ao lado de uma bela menina.

Ah! MAS O QUE ME INCOMODA mais

não é que me rejeitas,

é sim que meu coração não aceita

que talvez não ver-te-ei jamais.

Pois apesar de teu corpo eu não querer,

alimento a ideia de “você”!

Sim, uma ideia! Que coisa irônica!

Uma ideia meramente platônica!

Pois a ti acho que não desejo,

Apenas acho

Somente acho,

Acho...

Não sei mais...

Não sei se mais se não te amo!

Seu TOLO RELAPSO!

30.08.2012 (viena brasília)

Perle
Enviado por Perle em 07/09/2012
Código do texto: T3869964
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