Tríplice Vertente

A guerra fria não acabou...

Pelo menos entre nós.

E para que um dia foi amor,

E hoje nem beira a foz.

No meio do fogo cruzado,

Um inocente sairá ferido.

Inevitável será o estrago,

Diante do iminente perigo.

Em busca de um falso domínio,

Gera-se um emergente pretexto.

Para se justificar o extermínio,

Até exaurir o semblante grotesco.

A animosidade escreve a estória,

Da maneira que lhe convêm.

A quem a cada dia foi à forra,

No front de batalha toca o Réquiem.

Não se sabe daqui para frente,

O que é fim e o que é recomeço.

Certo é que nem sempre que vence,

Está a salvo do cabresto.

Heloi Lima
Enviado por Heloi Lima em 28/09/2012
Código do texto: T3905990
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