A CHUVA
Olha a chuva de novembro
Vem bater sobre o telhado
Desde já até dezembro
Deixando tudo molhado.
Meu coração fica aquecido
Pelas mais ricas lembranças
Que pensei ter esquecido
de quando éramos crianças.
Esta época, esta estação,
Me causa tanta euforia,
Fico festivo, fanfarrão,
Com inexplicável alegria.
Um relâmpago, um trovão,
D´us falando com Moisés,
Uma voz ao coração
Endireitando os meus pés.
Meu pai feliz tomando vinho,
A chuva caindo lá fora,
De longe observo sozinho,
Minha mãe, minha senhora.
De novo a chuva, a poesia,
Cada ano, uma sensação,
Mas, no fim, a maioria,
Traz saudade ao coração.
(YEHORAM)