Janelas do coração

Janelas do coração

Pelas janelas do coração entraste na minha alma.

No recôndito do meu ser sorriu, adormeceu.

A aflição desapareceu dando lugar a paz a calma.

Pelas janelas do coração vagou pelos caminhos, jardins da vida.

Por terras férteis, por terras inóspitas enegrecidas.

Conheceu chagas, estancou ferida.

Ouviu o ladrar do cão na sua razão de fera de uma longa espera

que em tempo não foi perdida

Pelas janelas do coração ouviu a voz da razão

Escutou a emoção.

Viu-se sedenta, na minha fonte aplacaste tua sede com razão.

Lampejos de emoção.

Sentou na calçada da saudade sem maldade sem vaidade.

Andou pela rua nua, como a borboleta que enche meus olhos de cores.

Amores.

Pés descalços tênues tenros, macios arredios.

Fera no cio.

Pelas janelas do coração

Pelas portas da ilusão

O amor chegou.

O amor partiu.

Nos porões da alma, na penumbra do meu ser vasculho por rastros e marcas da tua estada.

Perfume que se perdeu na curva da estrada.

Fera no cio.

Amante amada.

Amantino Silva 24/11/2009