Incrível inexistência

Incrivelmente que não existe

A alvorada abrasadora

Onde nos aprazávamos à hora

Quando o desejo era persistente

O teu excitado corpo enciumava

A penetração do meu olhar

No teu peito molhado a abraçar

Minhas intenções na grama

Bem que fui rever

Com os olhos meus

Abafados sem sonhos seus

A areia onde desvendei o teu sentir

Aí, não faz sentido esquecer...

Aquele lugar onde

Quão lindo no horizonte,

O luar cintilante descia para nos adormecer

Não existe!

Mas aquela alvorada sem caos...

Lá onde as minhas ousadas mãos!

Trilhavam nas delícias do acoite

Não existe!

O bem-querer da madrugada,

Onde o mar e céu lindos

Me diziam para te amar com gritos...

E jamais machucar a tua surpresa inexplicada

Por que sempre desejei tal cálice...

Só o ondular do mar na alvorada!

Me faz recordar

Da doce paixão gravada,

Nas areias húmidas do mar…

Benguela, 10/7/2004 – (Praia Morena).

Nkazevy
Enviado por Nkazevy em 16/03/2007
Reeditado em 19/03/2007
Código do texto: T414409
Classificação de conteúdo: seguro