DE VOLTA PARA CASA

Voltei para casa só,

Nada está no lugar.

Não ouço a sua voz,

Alegria já não há.

Fica agora a lembrança,

De alguns minutos atrás.

Sou a própria insignificância,

Sinto-me muito incapaz.

De assimilar à ausência,

Até o próximo encontro.

Está decretada a sentença,

A ser cumprida no recôndito.

Onde nem tudo está perdido,

Mas teve de ser logo adiado.

Tento conciliar os motivos,

Que impedem obter um saldo.

Ao menos é um breve alento,

Que tem um espaço modesto.

Nunca será um mero passatempo,

Neste meu discutível universo.

Na adequação para a realidade,

Vai trilhando caminhos imprevisíveis.

Porém não será demasiadamente tarde,

Para momentos inacreditáveis e plausíveis.

Heloi Lima
Enviado por Heloi Lima em 03/03/2013
Código do texto: T4169938
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