NÃO SEI MINHA CRIANÇA...

Não sei minha criança,

Porque a lembrança

Entrava,

Quando do abismo d’alma,

Já tombaram os meus olhos

Da remota esperança.

Não sei minha criança,

Porque a lembrança,

Canta incauta

Em meus sonhos,

Sendo que ninguém a viu nascer.

Muito embora,

Do lume dos teus olhos,

Veja a lava vulcânica nascer

Como águias de fogo,

D’um reino eterno de luz

E glorioso significado,

Claros e sem segredos.

Mas ao fechar os meus

Retorna-me a dor,

Na escuridão,

A levar-me teus olhos,

Numa distância

Sem fronteira,

Perdida na vertigem

De um tempo que é sem volta...

Ah, não sei minha criança,

Não sei quantas vezes morrerei

Ao seu lado.

Tomb
Enviado por Tomb em 06/03/2013
Código do texto: T4173740
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