Eu, novamente.
Como um milagre de Nossa Senhora nasci.
Mais exatamente numa noite fria de Curitiba.
Cresci rápido, nunca tive uma bicicleta.
(E nem por isso fui uma criança triste)
Vi o mundo real muito cedo.
Quase todas as minhas experiências,
As aprendi da pior forma possível,
Mas agradeço por isso.
Escrevo tudo o que não consigo falar.
(Ou que não me deixam)
Depois de longas fases difíceis e contínuas,
Já vejo a luz e as cores novamente.
Em 16 anos de desabafos (quase diários)
No encontro do papel com a caneta.
(Que se fundem naturalmente hoje em dia)
Sou difícil de conquistar,
Mas quando não resisto sou quase a melhor.
Venho me desiludindo constantemente
Com as pessoas e com o mundo...
Então me fecho em meu mundo paralelo.
Este ano está sendo como qualquer outro:
Desgastante, irritante e impuramente belo.
As pessoas não me conhecem,
Elas me lêem.
Sim, sou eu novamente.
Carolina Mensen Fernandes