Cadeira de Balanço
Meus medos são os da velha senhora
Que sentada em palhinha trançada,
Dizia o destino em versos do além.
Em poesia emprestada de irmão cantor,
Lembrava a saudade de infante morto,
Cantava a lira ingênua de bom comprador.
No dia em que a chuva me lava
E me mostra ao mundo,
Vejo-me sentada como velha senhora
Cantando sem saudades,
Dizendo poesias
Só minhas!
Sem ter ninguém para comprar.