AS HORAS

O pêndulo

pula espaços.

Lança-se solto.

Solta os cadarços.

Retas verticais.

Riscam os espaços.

A dormência da tarde

Confunde-se

à indolência do aço.

Como hóstia, sol ou

lua espacial.

Exala gemidos ritimados.

De vem e vai.

Sem igual.

E deixa à boca a sensação

de ter sido um dia.

O som

Em música, se transforma.

E o compasso

Marca pautas, de segundos, minutos

Tempos e horas.

Enfim, empresta à tarde.

Velhas novas vestes

de presentes tão normais.

Só o gato,

tão contente.

Imita o som

- em seu miado -

de quero mais!

anna celia motta
Enviado por anna celia motta em 20/06/2013
Código do texto: T4350574
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