PINTEI UM QUADRO REAL
Pintei um quadro imaginário da minha vida real,
Com cores fortes, que fui guardando,
De minhas alegrias e tristezas,
Vividas com incertezas.
Incertezas que vou recordar p'ra sempre,
Nas cores garridas do meu quadro,
Amores que não quero esquecer,
Mesmo que me façam sofrer.
Sofrer d'amores, é sensação única, bela,
Que vale a pena reproduzir na tela
Do meu quadro a óleo,
P'ra encher meu olho.
Meu olho que não consigo fechar p'ra dormir,
Fiquei com insónias e pesadelos,
A pensar nos traços do quadro,
Meus receios e medos.
Medos de nào saberem interpretar a minha pintura,
De cores tão fortes e desconcertantes,
Que traduzem a realidade,
Sem nenhuma maldade.
Maldade que não passa da inocência dum amor
Vivido sem experiência e mal acautelado,
Das investidas de ciúmes alheios
Que atacam sem receios.
O meu quado não tem preço, é p'ra eu guardar,
É a única recordação que tenho,
De momentos únicos vividos,
E não esquecidos.
Ruy Serrano, 31.08.2013, às 01:25 H