O homem que veio do mar

Ele tinha nos olhos o verde e o azul do mar

E em sua pele um calor intenso de arrebol

Tinha nos cabelos o marulhar das ondas

E a visão do milagre do sol

Mas aos poucos o seu brilho foi morrendo

E seu sopro de vida foi fenecendo

E ficou destituido de luminosidade

Perdeu o seu brilho, só deixou saudade

E tornou-se então um homem só

Sua vida foi ficando num triste nó

E perdeu a esperança

Perdeu sua fé

Seus olhos de criança

Tudo perdeu

Ficou sem norte e sem sul

Ficou um homem nu.