Telhado de vidro
Eu olhava o telhado quebrado
e sonhava com as nuvens,
divagantes e ligeiras,
em seu caminho tão fugaz.
Então acordava de um relance,
de um meio-sonho, meio-morno,
e deixava de contar
os minutos que findavam.
Lá, do outro lado do mundo,
alguém deve estar acordando...
olhos talvez sem brilho,
mãos talvez sem nada a oferecer.
E meu coração batendo,
aceleradamente e descompassado,
olhando o telhado quebrado
que um dia foi inteiro!
São Paulo, 1o. de novembro de 2013.
Marcela de Baumont