Boa Vista Primeira

Boa Vista, há quem lhe deseje mais por você ser bela!
Há quem encontre a paz nas deliciosas lembranças,
Que fugazes em suas vielas,
Encontraram o esplendor de uma primavera...
Espírito inquietante e sonhador de um menino,
Que fez do “eu”: esse saudoso romanceiro;
Cantando-lhe em mim infinito...
Diacronicamente colou em mim a mudança com o tempo.
Sincronicamente arraigou em mim os seus sentimentos.
Mudei com os dias, permaneci em você nos meus pensamentos...
"Caimbéis" e "buritizais". Baladeiras à pronto espera.
Ó, que saudade de usted, infância esplendorosa e bela!
Caça aos passarinhos em suas lagoas, ventura; espinhos;
Valas eternas; sapos cantando à toa.
Mirou certeira e fulminante em meu coração...
Quisera voltar nesse diminuto enredo, e estar ali de novo.
Mas o tempo, inimigo, sorrateiro, não espera.
Lembro-me de quando ali cheguei, era miragem? Era uma deusa?
Senti mares dentro de mim, seus largares sem fim...
Era Enila, apresentando-me o ar de sua graça e beleza.
Volte para mim, radiante, Boa Vista primeira!
Não me deixe perder aquela primeira visão exploradora, singela.
Sentinela lembrança daquele que, jamais perdeu a esperança:
De lhe ver sobranceira e bela. És bela, simplesmente bela.

 
Professor Daniel Silva
Enviado por Professor Daniel Silva em 20/11/2013
Reeditado em 26/11/2014
Código do texto: T4578348
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