VIAJANTE

Chegou como um viajante

cansado, com malas desarrumadas

trazendo um olhar cansado

sem esperanças, tristes.

Foi entrando, sem pedir licença

fechando portas e janelas,

avisando que estava

com o coração ferido.

Deixe ficar e fui chegando

de mansinho, oferecendo carinho

minhas mãos, amiga

para ele segurar.

Aos poucos, abriu uma janela

deixou o sol entrar,

seu olhar agora calmo,

foi as malas arrumar

Ofereci meu colo,

meu abrigo...

Um ombro para chorar,

me falou de sua viagem

e da amargura em seu coração.

Ouvi como se fosse uma oração

deixando abrir sua alma,

cansada e aflita

de tanta peregrinação.

Abriu a porta, deixando

que o raio do luar

invadisse sua alma...

E eu...Estava lá.

Luiza Porto
Enviado por Luiza Porto em 25/04/2007
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