Recuerdos dos Fantasmas Pessoais

Na coraçem os famintos se alimentam de esperanças

Lembrar da última refeição em sublimes desesperos

Aceitar o vazio voraz de um estomago rarefeito e só

Ter dentro de si um passamento do amôr destronado

E sois humano a penar farrapos e dedilhar restos vis

A alma enfurnada em águas estranhas e terras ôcas

E de ti dirão miséria, maltrapilha vantagem, perdido

Desolado num deserto de urbanas necessidades vãs

Na esquina o rebotalho de homens famintos iludidos

Você os vê e tua penalidade é o pecado do dissabor

Neste mundo de monstros e dogmas se desfaz vidas

E nas selvas de pedra a compaixão custa realidades

O sol acima distante e as cidades cruas em solo raro

Nenhum brilho de humanas trilhas concederá perdão

Este globo de lôdo e vexame cultiva amor na sarjeta

Os homens se iludem nas falsas necessidades nulas

O som desta urbe que só ouves mascara mil gemidos

Esperança dita que morre por último devora virtudes

Crença alguma convida a verdade a sanar pesadelos

Os seres relutam no viver a querer nada ou mentem

E a fome é para muitos o que para poucos é decidido

Vós compreendes e nunca jamais acredita nisso tudo

Uma ilusão alimenta os temporários momentos vivos

Mais além o horizonte incerto divulga essa incógnita

Um poeta sente e este mundo consente os desvarios

O universo incriado dos esperançosos ou sonhadores

Nas urbanizadas e maldades dos homens cimentadas

Cedo irei contigo em relembrar das juras esquecidas

Andemos de mão flertadas e com coração esforçados

Para nesta paixão caricata possamos curar os fracos

Para não cedermos lugar ao mal do tempo desumano

Onde nossos pés sintam a segurança entre peçonhas

Venha comigo, abjurada do erro, para seguir valentia

Juntos embargados nas aventuras convictos da ação!

Parte de nós se perderá no revés e tornaremos anjos

Por toda parte esta miséria dos povos lucrará a paz!

Jurubiara Zeloso Amado
Enviado por Jurubiara Zeloso Amado em 18/01/2014
Código do texto: T4654904
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