Recuerdos dos Fantasmas Pessoais
Na coraçem os famintos se alimentam de esperanças
Lembrar da última refeição em sublimes desesperos
Aceitar o vazio voraz de um estomago rarefeito e só
Ter dentro de si um passamento do amôr destronado
E sois humano a penar farrapos e dedilhar restos vis
A alma enfurnada em águas estranhas e terras ôcas
E de ti dirão miséria, maltrapilha vantagem, perdido
Desolado num deserto de urbanas necessidades vãs
Na esquina o rebotalho de homens famintos iludidos
Você os vê e tua penalidade é o pecado do dissabor
Neste mundo de monstros e dogmas se desfaz vidas
E nas selvas de pedra a compaixão custa realidades
O sol acima distante e as cidades cruas em solo raro
Nenhum brilho de humanas trilhas concederá perdão
Este globo de lôdo e vexame cultiva amor na sarjeta
Os homens se iludem nas falsas necessidades nulas
O som desta urbe que só ouves mascara mil gemidos
Esperança dita que morre por último devora virtudes
Crença alguma convida a verdade a sanar pesadelos
Os seres relutam no viver a querer nada ou mentem
E a fome é para muitos o que para poucos é decidido
Vós compreendes e nunca jamais acredita nisso tudo
Uma ilusão alimenta os temporários momentos vivos
Mais além o horizonte incerto divulga essa incógnita
Um poeta sente e este mundo consente os desvarios
O universo incriado dos esperançosos ou sonhadores
Nas urbanizadas e maldades dos homens cimentadas
Cedo irei contigo em relembrar das juras esquecidas
Andemos de mão flertadas e com coração esforçados
Para nesta paixão caricata possamos curar os fracos
Para não cedermos lugar ao mal do tempo desumano
Onde nossos pés sintam a segurança entre peçonhas
Venha comigo, abjurada do erro, para seguir valentia
Juntos embargados nas aventuras convictos da ação!
Parte de nós se perderá no revés e tornaremos anjos
Por toda parte esta miséria dos povos lucrará a paz!