AO DEIXAR A MINHA TERRA...




Ao deixar a minha terra,
onde têm palmeiras e canta o sabiá.
Mamãe não abandona os passarinhos...
Borboletas florescentes sobre a relva.
Assim, também as margaridas,
que breve chegam sem pressas.

Minha terra não muda de traje...
Eu te dou a prova:
Deus deu o pão e as aves
e o sangue dentro da alma.

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Na partida aprendemos,
o mais doce canto e desencanto
e a orbe nos atrai enigmas...

Pensei: - o mundo é restrito,
a natureza é o que somos,
o céu não nos usurpa coisa alguma...
nenhuma vida é desiludida e esférica.

Todo caminho, pode gerar
trombones de queixas
e o corte nunca cicatrizar.
É a certeza da alquimia.


Sou acolhedor
do mel de precioso odor.
E já ouvi a voz do acordeom
de Luiz Gonzaga...

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Pousou no galho um pássaro belo...
Além.
Uma cálida estrela,
têm frente e fundo de um coração bom.
Elevada videira sobre o vale.
Pele que gera Elíseos.

Assim, que ela envolveu-me.
Eu quis viver os mais longos dias,
ao seu lado...

Eu tenho outra vida,
numa terra que não é minha.
E o que é meu, ficou em alguma oração.

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Hoje sonhei com mamãe...
A distância entre nós: Céu e Terra.



Fotografias de Luzilândia-PI, a minha terra natal.
Foram adquiridas no blog do Luizinho.




Edição de imagens:
Shirley Araújo

Texto: Ao deixar a minha terra...




 
ALBERTO ARAÚJO
Enviado por ALBERTO ARAÚJO em 06/03/2014
Reeditado em 06/03/2014
Código do texto: T4717898
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